3 de outubro de 2009, parecia ser um dia comum, mas coisas estranhas começaram a acontecer.
Eu e a Lud havíamos decidido durante a semana que nós iríamos conhecer o túmulo do Jim Morrison, no cemitério Père-Lachaise. No que chegamos lá, descobrimos outros famosos que também acabaram por morar ali.
Olhamos o mapa e vimos que o Marcel Proust, o escritor do Em Busca do Tempo Perdido estava lá. Foram 5 tentativas e ainda não encontramos... agora somos nós que buscamos o tempo perdido!
O do Jim Morrison nós só encontramos, porque a Lud ouviu um cara com uma camiseta roxa que também estava procurando e nós o seguimos. Quando chegamos, foi meio decepcionante. Poxa, Mr Morrison era um rockstar e a última moradia dele parece um puxadinho: ela fica atrás de um túmulo muito maior que parece uma casinha e os outros visitantes pareciam não estar tão animados com o JM, mas sim com um gatinho cinza que estava na lápide ao lado. Fora que tinha um tiozão que levou o celular e estava tocando Light My Fire.
Depois foram 2 horas de caminhada naquela poeirinha branca que tem por toda Paris. Juro mais tarde eu vou escrever um post sobre coisas que as pessoas, eu não sei porque motivo, não contam nos guias e são de fundamental importância. PARIS é uma poeira branca!!!
Assim, nós vimos o as respectivas moradas: Bizet, Isadora Duncan, Max Ernst, Oscar Wilde (Yeah baby, I kissed), Alan Kardec, Chopin, Edith Piaf, La Fontaine, Balzac, Molière e um cara importante para o transporte de Paris, super legal o túmulo dele, as pessoas deixam tickets de metro.
Após nossa visitinha ao cemitério, com direito a alguns góticos, fomos curtir a Nuit Blanche em um bar chamado Sunside/Sunset. Porque segundo o site, lá é um Jazz bar. Ok, para início de história, esse evento promovido pela prefeitura de Paris é free em tese. Porque para gente entrar tinha que consumir alguma coisa. Lá se foi alguns euros em um vinho e em uma Cocaaa.
Lugar apertadinho, mas bonitinho. Estava marcado para às 19h, mas as pessas apareceram um pouco depois. O problema foi como elas surgiram: cadê a bateria, por que tantos microfones, ai os integrantes estão sem sapatos, vestindo roupas com cara de dormir... Fudeu, viemos no lugar errado!!!
Na verdade não e também não era um show de Jazz. O site nos informou errado. Nós assistimos a primeira vez de um grupo vocal que tem como líder um ex-baterista. Super bizarro, mas foi super legalll!!! Todos eram ótimos músicos.
Aí nós vimos que depois ia ter um show em homenagem ao Coltrane, mas se quiséssemos ficar, adivinhem... precisaria consumir de novo. Sim, que saudade do Brasil e as coisas que são realmente free.
Fomos embora e no caminho encontramos o Duc des Lombards. No Brasil, a gente já tinha ouvido falar deste lugar, então resolvemos ver o que ia ter lá. Afinal, ainda eram 20h30.
Outro show aparentemente free em um lugar que realmente era cool. Uhuuu, super fomos. Fomos para a fila.
Eu disse 20h30, certo? E estava marcado para ser às 22h.
21h: pessoas estranhas passam na rua e nós estamos na fila.
21h30: menino da peruca azul Predador vai e nós estamos na fila.
21h45: menino da peruca azul Predador volta e nós estamos na fila.
21h50: mulheres de vestidos longos estilo casamento já foram, já voltaram com uma marmita e nós ainda estávamos na fila.
22h20: entramos no lugar, para depois ter que ouvir que precisávamos consumir porque o show era free!!!!! AHHH!!!
Ok, esse foi show de Jazz mesmo. Alguns pontos relevantes: o clarinetista cuspia no público e estava com uma camisa que eu não sei como alguém compra um negócio daquele! Era O AUGE do demode.
E terminou 00h. Corre para pegar o RER!!!
Quando chegamos em Chatêlet, que é 1000 x pior que a Sé, descobrimos que já havia sido encerrado o trabalho e só o metro das linhas 1 e 4 estava funcionando. Correee pegar o transporte! Eram 1h.
A cerejinha no sorvete do dia, foi que quando estávamos sucegadas no metro, apagou a luz! Que sacooo, imaginem a gente presa de madrugada de um sábado no metro!!! Pracabaaaaa